Caminho dispersa em meio as nossas construções...
Entre pontes e edifícios me sinto uma frágil e insignificante casinha.
Limitada nesse espaço com janelas pequenas e sem caminho para entrar a luz.
A luz que inspira meus sonhos. Que aquece meus dias sombrios.
Alimenta meus desejos.
Me faz forte para enfrentar a torrente que se forma em minha volta.
Meu refúgio, meu abrigo, meu acalento...
Na madrugada vinha em forma de silêncio avassalador.
Quebrando as regras dos sentidos.
Saciando todas as minhas carências.
Alimentando minha vida.
Transformando toda espera em um doce momento.
Não posso continuar com essa dor de não ter você...
Preciso suprir-me com tuas palavras.
Te encontrar em nossos extremos.
No centro de nossa cumplicidade.
Nas loucuras...
Em nossos desejos mútuos. Em nossa sensibilidade.
Na felicidade descompassada de dois corações apaixonados,
ritmados em busca de um pólo.
O destino fez questão de distanciar nossos corpos,
mas não pode impedir nossas almas de serem únicas.